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sábado, 29 de junho de 2013

SAÚDE: Problemas no Hospital Regional Dom Moura, foram discutidos ontem em audiência pública


A Câmara dos Vereadores de Garanhuns, recebeu na manhã de ontem(26), uma audiência pública que discutiu as deficiências do Hospital Regional Dom Moura e a saúde publica como um todo. Estiveram presentes representantes do Conselho Regional de Medicina, representantes da V GERES, representantes do HRDM e do Hospital Infantil, representantes da OAB e Ministério Público, representantes do curso de medicina da UPE em Garanhuns, além de expressiva participação popular, que reuniu estudantes, profissionais de saúde e usuários do SUS.
Vereadora Luzia da Saúde
A discussão foi iniciada pela Vereadora Luzia da Saúde, que foi a responsável pela solicitação da referida audiência pública. Ela elencou problemas como: falta de pagamento ao corpo funcional, falta de profissionais de saúde, falta de equipamentos e medicamentos, além de uma estrutura física insuficiente para a demanda do Hospital, que fica sobrecarregado ao prestar atendimento de saúde básica a pacientes de Garanhuns e Jucati, pelo motivo das duas cidades não terem hospitais municipais para dividir a demanda com o HRDM.
Dra. Ricarda Samara - V GERES
Segundo a Dra. Ricarda Samara, presidente da V GERES, o Hospital Dom Moura é uma centro de referência, e deveria atender apenas a casos que necessitem de um atendimento especializado. 
Dra. Claudia Freitas - CREMEPE
Ela justificou a superlotação do Dom Moura, como reflexos da ineficiência do sistema de saúde básica. O Hospital recebe pacientes de 21 municípios, de cobertura da V GERES, e não dispõe de profissionais de saúde suficientes para prestar esse serviço, segunda a Diretora do conselho do CREMEP, Dra. Claudia Freitas, que foi enfática em comparar a realidade do hospital ao filme “Inferno de Dante”. Em um discurso caloroso, ela solicitou apoio social para a humanização da saúde. “Os médicos trabalham em condições sob humanas no HRDM, com plantões que somam 200 atendimentos, para um único profissional, que tem que ver mortes e sofrimentos, por inadequação da estrutura da unidade de saúde.” Afirma a médica que, já foi residente do Dom Moura, há 22 anos, e afirma que as coisas só pioraram. “A pediatria do HRDM é vergonhosa, hoje, vejo crianças internadas enroladas em trapos que as mães trazem de casa, porque o hospital não disponibiliza nem de roupas esterilizadas para os pacientes.” Completa.
Dr. Marrocos - Plantonista do HRDM
Outro profissional a ser enfático em denunciar o atendimento do hospital, foi o Dr. Marrocos, plantonista do HRDM. “Os médicos não tem condição alguma de trabalho no Dom Moura. Falta até Bisturis elétricos para realização de cirurgias. Nós, profissionais de medicina, trazemos o equipamento e emprestamos aos colegas.” Outro ponto levantado pelo Dr. Marrocos, foi a criação da UPA-E. “Garanhuns não precisa de uma UPA especialidades, que atua como referencia igualmente ao HRDM. Garanhuns, precisa de uma UPA 24Hs, que prestaria atendimentos de Urgência a população, isso desafogaria muito os trabalhos do Dom Moura”. Explica o Médico. 
Outros pontos como reformas intermináveis, falta de ortopedia e falta de Hospital Escola, também permearam a audiência. O Curso de Medicina da UPE, apresentou uma pesquisa feita pela instituição de ensino que aponta o Hospital Regional Dom Moura, registrando duas mortes a cada 24 horas.

Os ânimos no plenário se exaltaram quando o mediador da audiência, o radialista Luciano André, informou que devido ao avançar das horas, as perguntas formuladas pelos populares, passariam por uma triagem antes de serem respondidas.
A audiência pública terminou com um registro em ata, de todas as reivindicações e, com o comprometimento das autoridades presentes, em levar o documento ao Governo Estadual.
O clima que ficou ao final da audiência pública, foi que uma manhã é pouco para discutir os problemas enfrentados pelo Hospital Regional Dom Moura. “Os problemas são tantos que uma manhã é pouco para se falar de tudo, o que foi falado aqui, muitos de nós já sabíamos. Queremos ver soluções. Nem mesmo o secretário de saúde do estado se fez presente. Ficou o gosto de quero mais, o que a população quer são decisões concretas. Que o hospital está sucateado, todo mundo já sabe”. Afirma o Sr. José da Silva, que segurou em todo momento um cartaz de protesto, que pedia: Melhoria para o Hospital Regional Dom Moura. 

Fonte: Jornal Crer em Pernambuco
Imagens e Reportagem: Juliana Dias
Editor chefe: Beto Duran

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